domingo, 4 de maio de 2008

OFICINA DE MAQUETE

Como recurso para o ENSINO DE GEOGRAFIA é grande, irei postar aqui uma sugestão de construção de maquete que extraí do livro "Espaço Geográfico: Ensino e Representação" Rosângela Almeida Doin e Elza Passini (Ed. contexto 15ªed. 2006)
"A Sala de Aula - Da maquete à Planta"
"Baseadas ainda na ideia de que o aluno deve construir noções espaciais através de ações em um espaço conhecido, colocamos a sala de aula para localizar o EU.
Seria possível trabalhar o quarto da criança, que também é o espaço conhecido dela e efetivamente significativo, porém depara - se com dois problemas: nem todas crianças dormem em quarto próprio - muitas não possuem sequer cama individual; a professora não conheçe o quarto da criança o que a impede de acompanhar os deslocamentos pelo espaço com vistas ao mapeamento."

MAQUETE - representando o espaço vivido da sala


MATERIAIS
Sucata - Caixas de Papelão do formato que se aproxime da forma da sala de aula.
Caixas de Fósforos vazias
Retalhos
Copos de iogurte
Caixas de Remédios
Régua
Lápis e materiais de pintura
Cordão ou Barbante
Tesoura

PROCEDIMENTO
Os alunos deverão observar a sala de aula para identificarem os objetos que se encontram em seu interior e estabelecerem sua localização em função dos pontos de referência (porta, janela, etc.).
Em um segundo momento deverão confeccionar a maquete com os objetos em seu interior, conservando a mesma posição que ocupam da sala:
Andar pela sala de aula para observar o seu tamanho, objetos, mobílias;
Escolher a caixa cujo tamanho e forma possam representar a sala;
Recortar as janelas e portas (observar a posição)
Contar os números de carteiras para preparar as caixas de fósforos
Os alunos mais criativos podem recortar e pintar as caixas para que se assemelhem mais às carteiras. Observar a localização exata das carteiras e colocar as caixas de fósforos.
Localizar a mesa da professora, armários, cesto e escolher a forma de representação: caixas e copinho de iogurte, etc.É importante que a professora conduza os alunos a observarem a localização exata do mobiliário: à direita, à esquerda do quadro negro, etc. Esse exercício de localização levará o aluno a situar o objeto de forma exata, utilizando - se de pontos de referências fixos.
Estando pronta a maquete, o professor pode explorar os elementos de localização, através de deslocamentos pela própria maquete. Podem ser utilizados bonequinhos, palitos de fósforos, bonecos recortados de cartolinas, ou próprio dedo.
A partir da localização de sua posição na sala da aula, o aluno projeta - a e passa a localizar a posição de seus colegas em relação, inicialmente, aos referenciais de seu próprio corpo, identificando quem senta à sua frente, atrás , à sua direita e à sua esquerdal. Nessa momento, deverão desenvolver a atividade observando a maquete e não a sala de aula, por isso recomendos que os alunos realizem - na em grupos e com a carteiras fora do lugar de costume.
Posteriormente, podem usar outros referenciais de localização, descentralizados de seu próprio corpo. A professora traça uma linha no centro da classe no sentido do comprimento, dividindo a sala em duas partes, por exemplo, o lado da porta e da janela. Traça outra linha no sentido da largura, dividindo o lado da frente e o lado de trás. Desta forma, a classe fica dividida em quatro quadrantes, conforme o esquema na figura abaixo:



A localização das posições será feita pela projeção dessas linhas na maquete. Assim, cada aluno identifica sua posição em relação ao quadrantes, por exemplo: sua carteira está no lado da frente e da porta.Passa, então, a localizar a posição de seus colegas da mesa da professora, etc.
Sugerimos que os quadrantes também sirvam de referência para possiveis deslocamentos, como: se fulano trocar de lugar com sicrano em que quadrante ele vai ficar ? A professora deve levar o aluno a perceber que o quadrante mais distante é o que fica diamentralmente oposto. E que quem senta no centro da sala tem praticamente a mesma distancia em relação aos extremos de todos os quadrantes.
A divisão da classe em quadrantes, iniciada com referenciais topológicos elementares, deve passar para referenciais mais abstratos, primeiro substituindo - se os lados porta - janela por direita - esquerda, e , depois, usando - se os pontos cardeiais.
Resaltamos que nem sempre os pontos cardeiais dividem a sala em quadrantes perfeitos, podendo se assimétricos.
O aluno também deve localizar a sua carteira, e conseguir expressar esta localização utilizando - se de linhas coordenadas: "minha carteira fica na segunda fila, terceira coluna".
Esta observação é uma preparação para a leitura das coordenadas geográficas: a latitude e longitude. Embora a latitude e a longitude sejam medidas angulares, a noção de se localizar uma ponto na superfície, através de cruzamento de duas linhas ou medidas, já fica construída."


Texto extraído do Livro "Espaço Geográfico: Ensino e Representação" (Rosangela Doin e Elza Passini. Ed. Contexto. São Paulo. 2006. Pg. 51,52,53,54,55)


*Lembrando que qualquer cópia ou reprodução dever ser creditado o direito as autoras do livro
Galera esta sugestão de maquete é interessante trabalhar com séries iniciais, mas nada impede de ser trabalhada com os outros níveis de ensino.

Abraços e comentem
Profº Marcelo Vianna

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Encontro com Milton Santos

Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global Visto do Lado de CáEncontro com Milton Santos ou: O Mundo Global Visto do Lado de Cá (Brasil/2006)

Direção: Silvio Tendler
Roteiro: Silvio Tendler
Elenco: Milton de Almeida Santos
(Ele mesmo), Beth Goulart (Narradora), Fernanda Montenegro (Narradora), Milton Gonçalves (Narrador), Matheus Nachtergaele (Narrador), Osmar Prado (Narrador)
[Veja os participantes de "Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global Visto do Lado de Cá"]
Duração: 89 min.
Gênero: Documentário